Carla: Gleisi é elogiada, e governo não deve recuar em 'orçamento secreto'
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A ministra Gleisi Hoffmann, que comanda a secretaria de Relações Institucionais, tem sido bem avaliada por parlamentares graças à atuação nos bastidores e, por isso, o governo Lula (PT) dificilmente irá recuar no movimento apelidado como "novo orçamento secreto", apurou a colunista Carla Araújo no UOL News, do Canal UOL.
Uma das coisas que mais me falaram nesta semana é que a atuação da ministra tem sido muito bem avaliada pelos parlamentares, justamente pelo fato de que Gleisi estaria cumprindo os acordos e entregando o que foi combinado. Então, acho difícil o governo recuar [na criação do novo orçamento secreto]. Carla Araújo, colunista e chefe da sucursal do UOL, em Brasília
Reportagem do UOL revelou que o Ministério da Saúde está orientando parlamentares a fazer indicações para um orçamento de pelo menos R$ 3 bilhões na pasta. O valor será distribuído de acordo com critérios políticos e privilegiando aliados no Congresso, além de não identificar o nome do senador ou deputado responsável.
Agora, o que me assusta é dessa falta de transparência e da ausência de uma resposta do ministro Alexandre Padilha sobre os documentos que o UOL obteve. A repórter Natália Portinari viu que houve esse direcionamento e sabe que isso está acontecendo.
O Ministério da Saúde ficar em silêncio em relação a isso vai na contramão do que é muito importante, que é justamente a transparência com os recursos públicos. Carla Araújo, colunista e chefe da sucursal do UOL, em Brasília
Questionada, a Secretaria de Relações Institucionais disse que "trata exclusivamente da tramitação de emendas parlamentares e não participa da execução orçamentária de fundos discricionários de órgãos e autarquias do governo nem dos fluxos de indicação mencionados na reportagem do UOL". O Ministério da Saúde foi procurado, mas não se pronunciou.
O que é o orçamento secreto
Criadas em 2019 e implementadas em 2020, as chamadas emendas de relator do Orçamento ficaram conhecidas como "orçamento secreto" por permitirem que parlamentares destinem recursos que saem diretamente dos cofres da União sem que haja transparência para onde vai o dinheiro. Ao não especificar nomes, limites e o destino, o mecanismo facilita, na prática, os casos de corrupção.
Em novembro de 2021, o STF (Supremo Tribunal Federal) chegou a suspender os repasses, mas voltou atrás e pediu mais transparência na execução das verbas. Em 2024, a Suprema Corte suspendeu novamente.
Tales: Para o governo, falta de solidariedade do PT tornou a CPI inevitável
No UOL News, o colunista Tales Faria afirmou que a falta de solidariedade vinda do PT (Partido dos Trabalhadores) tornou a CPMI do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) inevitável para o governo Lula (PT).
O Palácio do Planalto não acha mais possível evitar a CPI do INSS, tanto na Câmara como no Senado. Para o governo, a adesão de parlamentares do PT, ou seja, a falta de solidariedade do partido, tornou a CPI Mista do INSS inevitável. Tales Faria, colunista do UOL
A oposição protocolou no Congresso, na segunda-feira, um pedido de CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar fraudes no INSS na gestão Lula. A proposta foi assinada por pelo menos 36 senadores e 223 deputados federais. Ainda não há prazo, no entanto, para instalação do colegiado.
Um dos que assinaram foi o senador Fabiano Contarato (PT-ES). Nos bastidores, o Planalto não escondeu o descontentamento e reclamou que nada foi combinado com "este lado da rua", segundo apuração feita pela reportagem do UOL.
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