CPMI do INSS pode atrapalhar investigação e ressarcimento, diz Gleisi

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann defendeu que ações em curso da CGU (Controladoria-Geral da União) e PF (Polícia Federal) são mais eficazes que uma CPMI para investigar fraudes no INSS e criticou a "exploração política" da proposta de comissão parlamentar.

O que aconteceu

Sem citar nomes, Gleisi criticou parlamentares que endossam proposta de CPMI do INSS. A ministra afirmou que a comissão pode interferir nas investigações da PF e CGU sobre fraudes contra aposentados.

Governo diz que já tem dez inquéritos em andamento. As apurações, segundo ela, desmontaram uma "quadrilha" que agia no INSS desde o governo anterior. "Foi pela ação da CGU, sob orientação do governo Lula e da Polícia Federal, que há mais de um ano, em 10 inquéritos, investiga [sic] esses criminosos", afirmou.

Ela acredita que CPMI pode atrasar o ressarcimento em seis meses. Gleisi argumenta que a comissão parlamentar prolongaria o processo de devolução do dinheiro às vítimas.

Oposição pressiona por investigação independente. Enquanto o Planalto defende as ações da PF, congressistas cobram transparência via CPMI. O pedido foi protocolado pelas senadoras Damares Alves (Republicanos-DF) e Coronel Fernanda (PL-MT).

Metade das assinaturas veio da base do governo. Membros de partidos que têm ministérios na gestão de Lula assinam o requerimento, incluindo 39 parlamentares do União Brasil, 28 do PP, 24 do Republicanos, 20 do PSD e 15 do MDB. A única assinatura de um petista até o momento é do senador Fabiano Contarato (ES), o que desagradou o governo e parte da bancada do partido.

A lista inclui seis parlamentares do PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin. Assinam o requerimento os deputados Heitor Schuch (RS), Tabata Amaral (SP), Luciano Ducci (PR), Duarte Jr. (PSB), e os senadores Flávio Arns (PR) e Chico Rodrigues (RR).

Uma CPMI, no ambiente de exploração política em que está sendo proposta, pode comprometer o sucesso da investigação policial.

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Este governo já suspendeu os descontos, acabando com o roubo aos aposentados, demonstrou que levará as investigações até as últimas consequências e trabalha para ressarcir as vítimas o mais rápido possível.
Gleisi Hoffmann sobre CPMI para investigar o INSS

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