Biden escondeu declínio da própria saúde para disputar reeleição, diz livro
O ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden acobertou o declínio de sua saúde para poder disputar a reeleição no ano passado, afirma o livro ''Original Sin'' - que será lançado hoje.
O que aconteceu
O livro dos jornalistas Jake Tapper e Alex Thompsom fala sobre o acentuado declínio físico e cognitivo de Biden. Publicada pela editora Penguin Random House, a obra chega às livrarias dois dias depois do democrata ter anunciado um câncer de próstata em estágio avançado e com metástase nos ossos.
''Original Sin'' argumenta que seus assessores e familiares fizeram de tudo para esconder seu verdadeiro estado de saúde. Durante a campanha eleitoral contra Donald Trump no ano passado, Biden insistiu repetidamente que era capaz de cumprir um segundo mandato, em meio a uma crise em torno da sua capacidade de continuar.
Ele, sua família e seus assessores seniores estavam tão convencidos de que só ele poderia derrotar Trump novamente que mentiram para si mesmos, para aliados e para o público sobre sua condição e limitações. Jake Tapper e Alex Thompsom
Fontes anônimas ouvidas pelos escritores afirmam que os primeiros sinais de declínio surgiram já em 2015. "Ele era conhecido no Congresso por sua propensão congênita a longas histórias, gafes e comentários inapropriados", escrevem. Eles dizem ainda que mesmo em chamadas de Zoom roteirizadas e em discursos com plateias amigáveis, ele era capaz de se envolver em situações embaraçosas.
O livro narra episódios que apontavam para o estado vulnerável de Biden. Um deles aconteceu em 2019, quando o democrata estava em campanha eleitoral em Iowa e, durante o evento, precisou se esforçar para lembrar do nome de um dos seus assessores mais próximos, Mike Donilon.
Para os jornalistas, a decisão de Biden de concorrer novamente foi o ''pecado original''. Segundo eles, a escolha levou a uma campanha presidencial de negação e manipulação, condenando os democratas à derrota e garantindo o retorno de Trump ao poder.
À CNN, um porta-voz não identificado do gabinete de Biden contestou o livro e disse ser uma tentativa de lucro. ''Continuamos aguardando qualquer informação que mostre onde Joe Biden teve que tomar uma decisão presidencial, onde a segurança nacional foi ameaçada ou onde ele foi incapaz de fazer seu trabalho. Ele foi um presidente muito eficaz'', falou.
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