Hilton tem 2 maquiadores como servidores e defende atuação deles na Câmara
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A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) tem na equipe dois maquiadores que também trabalham como seus assessores na Câmara dos Deputados. Segundo ela, eles atuam como secretários parlamentares.
O que aconteceu
Deputada afirma que os dois assessores realizam atividades institucionais em sua equipe. Índy Cunha Montiel da Rocha está no cargo desde novembro do ano passado, com salário de R$ 2.126,59, segundo o site da Câmara. Ronaldo César Camargo Hass, assessor de Hilton desde maio de 2024, recebe R$ 9.678,22 mensais. "Ambos me assessoram nas comissões, ajudam a fazer relatórios, preparam meus briefings, dialogam diretamente com a população e atores da sociedade civil", afirmou a deputada em nota ao UOL.
Parlamentar disse que ambos acompanham a agenda dela em Brasília e em São Paulo. "Tudo comprovado por fotos, vídeos e pelo próprio trabalho cotidiano deles", disse. A equipe da deputada enviou à reportagem fotos de Índy em evento com ela no Tribunal de Justiça de Goiás, na Comissão de Direitos Humanos e nos corredores da Câmara dos Deputados. Já Hass aparece em fotos de agendas externas da deputada e em um evento com liderança religiosa em Itapecerica da Serra (SP).
Oposição aciona MPF e Conselho de Ética contra Hilton por nomeações. O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) e a bancada da oposição na Câmara protocolaram hoje representações junto ao MPF (Ministério Público Federal) e ao Conselho de Ética da Câmara sob a acusação de uso indevido da estrutura pública para fins pessoais.
Índy e Hass divulgam em suas redes sociais os trabalhos de maquiagem para Hilton. "Mother [mãe] Erika Hilton para sua condecoração pelo presidente da República", publicou Índy. Em julho do ano passado, Ronaldo postou foto com a deputada com a legenda: "A mensagem que mais recebo: 'Ronaldo, manda um beijo pra Erika".
A deputada do PSOL defende o trabalho dos assessores, a quem chama de amigos. "Como são meus amigos e sempre trabalharam, e ainda hoje trabalham, com maquiagem, fora das atividades parlamentares, sempre que podem, me maquiam, e eu os credito por isso", afirmou. "Se não me maquiassem, continuariam sendo meus secretários parlamentares."
Nomeados pela contribuição parlamentar, diz Hilton. "Eles não foram nomeados por me maquiar e sim por contribuírem muitíssimo com a minha atuação parlamentar, seja na pauta LGBTQIA+ ou em tantas outras que meu mandato toca diariamente", defendeu.
Índy fica mais em Brasília e Hass, em São Paulo, segundo a equipe. A assessoria de Hilton informou que Hass a acompanha em agendas em São Paulo e no interior. "Ele participa de eventos com o público, faz essa interação, pega demandas de eleitor, traz para equipe. A Índy atua mais dentro desse contexto da Câmara, em Brasília", informou a assessoria.
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