OPINIÃO
Mariana Sanches: 'Tom da resposta de Trump após ataque do Irã traz alívio'
Do UOL, em São Paulo
23/06/2025 17h52
A resposta do presidente Donald Trump ao bombardeio promovido por iranianos à base militar americana, na tarde de hoje, traz certo alívio pelo fato de os Estados Unidos escolherem não escalar o conflito na região, pelo menos por enquanto, analisou a colunista Mariana Sanches no UOL News, do Canal UOL.
Essa resposta do Trump trouxe algum alívio de que seria possível não escalar. A Casa Branca ficou em alerta. Houve uma reunião do gabinete de crise durante toda a tarde. A gente acompanhou, e agora, então, o presidente Donald Trump vem a público agradecer ao Irã por ter avisado de antemão sobre o ataque. Mariana Sanches, colunista do UOL
Após o bombardeio, Trump se manifestou pela primeira vez por meio das redes sociais dizendo que ninguém se feriu durante o ataque. Segundo Trump, os militares americanos interceptaram 13 dos 14 mísseis —apenas um míssil foi liberado porque estava direcionado em uma direção não ameaçadora.
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O presidente americano agradeceu ao Irã por avisar que atacaria a base americana de Al-Udeid, no Qatar. O republicano também anunciou que ninguém ficou ferido.
Ao Canal UOL, Mariana destacou que o Irã sabe que não tem poder de fogo para entrar em uma guerra contra os EUA.
Na verdade, o que a gente sabe é que o Irã avisou o Catar que faria esse ataque à base americana. A gente está diante de um teatro, não é matemática. Então, os dois lados ficam calculando com 'o escalar' e o 'não escalar o conflito', mas a grande verdade é que os iranianos, se tivessem uma atitude de força que pudesse escalar o conflito com os americanos, seria praticamente uma ação suicida, porque o governo iraniano estaria brigando com duas potências nucleares.
Especialistas dizem que, agora, com essa resposta de Trump, abre-se uma janela para [as negociações de um] cessar-fogo. O próprio Trump sinaliza para isso dizendo que vai encorajar Israel a tomar esse caminho, mas a gente sabe que Israel faz o que quer. Mariana Sanches, colunista do UOL
Israel iniciou uma série de ataques contra o Teerã, capital do Irã, na sexta-feira (13). A ação foi classificada por autoridades israelenses como "ataque preventivo" em uma "ameaça iminente". O bombardeio atingiu usinas nucleares e instalações de mísseis e matou dois líderes militares do Irã. O país respondeu com o envio de mais de cem drones. Pelo menos 224 pessoas no Irã, e 14 em Israel, morreram nos três dias de confrontos.
Hoje, Dmitry Peskov, porta-voz do governo da Rússia, disse que o país está pronto para ajudar o Irã e que o auxílio do Kremlin "pode vir de diversas formas", mas isso vai depender "do que os iranianos precisam". O posicionamento ocorre dois dias após a entrada dos EUA na guerra.
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