Rival de Fernandinho Beira-Mar que fundou ADA é preso no Rio

A Polícia Civil prendeu na manhã de hoje Celsinho da Vintém, rival de Fernandinho Beira-Mar e fundador da facção ADA (Amigos dos Amigos). O traficante, que já foi apontado como um dos mais procurados do país no fim dos anos 1990, foi capturado por agentes na Vila Vintém, em Padre Miguel, zona oeste do Rio de Janeiro.

O que aconteceu

Houve tiroteio entre policiais e traficantes em operação na Vila Vintém. Contudo, ainda não se sabe se houve feridos. Os agentes continuam no local.

Criminoso está sendo levado para a Cidade da Polícia. Celso Luís Rodrigues, 64, estava em liberdade desde 2022, após passar duas décadas atrás das grades.

Celsinho estava se mobilizando para promover guerra do tráfico, indicam investigações. Fontes do UOL apontam que o traficante estava se aliando a outras facções para invadir territórios do CV (Comando Vermelho), facção criminosa de Fernandinho Beira-Mar.

Operação foi sigilosa. Ação contou com a participação de agentes da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil, 32ª DP (Taquara) e da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas.

Celsinho responde a processos na Justiça. À época de sua soltura, em 2022, o advogado de Celsinho negou qualquer reaproximação de seu cliente com o crime. "O que ele quer agora é ter uma nova vida e recuperar o tempo perdido junto à família. O passado é passado", disse o defensor.

Ele atuava como produtor de carne suína na Vila Vintém e era visto como um criminoso diferente por ter "visão empresarial". No ano passado, apareceu em um vídeo com cordão de ouro no pescoço enquanto era escoltado por seguranças na escola de samba Unidos de Padre Miguel.

Condenado por tráfico, roubo e organização de quadrilha, Celsinho foi preso em 1990 e fugiu em 1996. No mesmo ano, foi novamente encarcerado e acabou fugindo outra vez, em 1998, vestido de policial militar, quando estava no Hospital Penitenciário Fábio Macedo Soares. Em 2002, foi recapturado.

O que diz a defesa

Advogado nega atuação no tráfico de drogas. "Ele não participa de qualquer atividade ilícita", disse Max Marques, que representa Celsinho da Vila Vintém.

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Defesa diz que Celsinho se dedicava aos cuidados com a esposa com câncer em estado avançado. "Refutamos mais uma vez qualquer envolvimento com o crime. Provaremos nos autos que ele tem vivido uma vida digna com sua família e longe de qualquer atividade criminosa", completou o advogado, em nota encaminhada ao UOL.

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