PM é preso suspeito de matar esposa durante consulta médica em SP

Um policial militar foi preso suspeito de matar a esposa a tiros e golpes de faca e balear a filha durante uma consulta médica na avenida Senador Pinheiro Machado, em Santos, no litoral paulista.

O que aconteceu

Vítima, identificada como Amanda Fernandes, 42, se trancou no consultório com a filha e o médico após chegada do marido no local. Testemunhas chamaram a polícia militar para atender uma "ocorrência de desinteligência" no consultório, segundo registro da PM.

Quando os policiais chegaram à clínica, o policial Samir de Carvalho teria mostrado que não estava armado. A porta do consultório foi aberta voluntariamente pelas vítimas e o PM entrou, disparando contra a esposa e dando facadas nela em seguida. As informações constam em boletim de ocorrência, mas os dados passados pela Secretaria de Segurança Pública ao UOL não explicam como o policial teria acessado as armas após a abordagem dos militares que atendiam à ocorrência.

A mulher morreu no local e a filha do casal foi baleada. A criança de 10 anos, que acompanhava a mãe, foi atingida por dois tiros, um na perna e um no ombro. Ela foi levada à Santa Casa de Santos e não corre risco de morrer, conforme apurou o UOL.

O policial foi preso em flagrante e uma pistola .40 foi apreendida. O sargento, lotado no 6º Batalhão, foi levado ao presídio militar Romão Gomes. Não foi detalhado se a arma do crime era a mesma usada pelo PM no trabalho.

Caso é investigado como feminicídio e tentativa de homicídio. As investigações do crime estão a cargo da Delegacia da Mulher de Santos.

A defesa de Samir não foi encontrada para pedido de posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.

PM diz que abriu inquérito para investigar caso. Segundo o órgão, a conduta dos agentes que foram acionados para a ocorrência é investigada.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

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Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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