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Lá vem o efeito Nikolas

Ao melhor estilo vídeo do Pix, Nikolas Ferreira lançou o vídeo dos aposentados. Para falar, é claro, da crise do INSS que se instalou no governo Lula nas últimas duas semanas. Em 24 horas, o vídeo do Nikolas já tem mais de 100 milhões de visualizações no Instagram. E, desta vez, com um efeito extra: uma enxurrada de comentários nas redes de Alcolumbre (a estrela Davi do Senado) e de Motta (o Huguito, que manda na Câmara frigorífica), com pedidos para a instalação da CPI.

A crise do INSS, que já era grave com os descontos fraudulentos nos salários dos aposentados, escalou ainda mais desde ontem, depois que começaram a surgir notícias de que a Polícia Federal também investiga possíveis fraudes no crédito consignado descontado dos aposentados. Só em 2023, a carteira de crédito consignado com base na folha de pagamento do INSS foi de R$ 90 bilhões. (Não significa que a fraude seja de R$ 90 bi, hein, darling? Fica esperto.)

Intrigas bancárias

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A propósito, tem gente achando que a Federação dos Grandes Bancos (Febraban) está empenhada até demais em sair por aí pedindo investigações no crédito consignado. (Imagino que o Lula deve estar amando esse empenho todo.)

E o que fez o governo? Distribuiu uma cartilha para deputados petistas rebaterem o vídeo do Nikolas ponto por ponto. E a Gleisi Narizinho também falou alguma coisa nas redes sociais. Alguém viu?

Tá fácil, tá difícil... Vou ali comprar um pão quentinho pra oferecer pro Sidônio. Porque Sidônio, meu querido, quero ver como vai ser essa luta. Sidônio é o publicitário-geral da República que chegou no governo no meio do furacão do outro vídeo do Nikolas sobre o rolê do Pix.

Nikolas não disse tudo

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Basicamente, tem um ponto que Nikolas finge que não existe: o fato de que também tinha crédito consignado do INSS no governo Bolsonaro. E sabe Deus o que a investigação vai dizer, BRASEW.

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Abre parênteses. O desconto indevido das contribuições para sindicatos e associações também já existia no governo Bolsonaro, e o Procon de São Paulo avisou o governo do ex-mito.

PicPay, do Joesley

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E o INSS suspendeu hoje o programa de antecipação que era operado pelo PicPay (denúncia reportada pela primeira vez aqui no UOL, pela colunista Mariana Barbosa). Motivo da suspensão, registrada no Diário Oficial: denúncias de que o banco do Jojo Batista —o Joesley— estava cobrando uma tarifa indevida.

O banco explicou que, quando o aposentado pedia para receber o dinheiro no cartão do INSS, não havia tarifa nenhuma. Só quando o dinheiro ia direto pra conta corrente é que eles cobravam. "O beneficiário opta, por livre intenção, receber o valor direto na conta —para, por exemplo, usar via Pix". Ahã. Claro, claro. O aposentado entendeu direitinho e fez a escolha. Eu também.

Detalhe: a tal tarifa representava pelo menos 5% do valor que seria antecipado.

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Briga de rua no TCU

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A treta do INSS é tão grande e complicada que até os ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) tretaram ao vivo e em cores. Vou falar os nomes aqui, mas sei que é bem provável que você não saiba quem é quem.

A treta é a seguinte: o ministro Aroldo Cedraz adiou umas seis vezes o julgamento que o tribunal deveria ter feito já em 2024 sobre a suspensão dos acordos para desconto em folha do INSS. Sim, darling, 2024 foi ano passado —portanto, bem antes da operação da polícia.

Aí, outro ministro do TCU, Walton Alencar, questionou se os motivos para tantos adiamentos eram republicanos. Aff, azedou o pé do frango. Só sei que o Cedraz chegou a dizer que eles poderiam ir resolver a questão lá na rua. Olha, darling... só por Deus. Cedraz disse que estava disposto a: "ir a qualquer lugar com Sua Excelência discutir nossa vida pública aqui dentro".

E depois ainda ameaçou revelar algum esquemão para tirá-lo da relatoria do caso (da suspensão dos acordos com associações e sindicatos). E tinha até envolvimento do Bruno Dantas, que é outro ministro. O Dantas agora é relator de um outro processo, que trata do ressarcimento do dinheiro retido indevidamente.

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E o Lula, tá como?

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Indo pra Rússia e pra China. Timing péssimo da viagenzinha, né, BRASEW? E a ida pra Rússia ainda é para participar de uma parada militar que, no fim das contas, é pra enaltecer o Putin. Ah, mas o Trump também gosta do Putin, então tá tudo certo.

E adivinha quem foi junto pra Rússia? Alcolumbre, o Davi.

Enquanto isso, no Banco Central?

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Imagem: Arte: TixaNews
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A taxa Selic subiu de novo. Está em 14,75%. E agora o Lula nem pode reclamar do presidente do BC, porque o presidente do BC foi abençoado pelo próprio Lula.

Só sei que o ex do BC, o ex-gostosão-geral da República, agora tem um cargo no Nubank.

E o Bolsonaro?

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Bolsonaro saiu do hospital depois da cirurgia exposta nas redes sociais e foi para um ato em Brasília. Sobre o INSS, Tixa? Não, darling. Sobre anistia. Porque o Bolsonaro não se aposentou, não. Ele só quer saber de anistia. Que mané INSS.

Eis o que disse nosso ex: "Anistia é um ato político e privativo do Parlamento brasileiro". Então tá, então.

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Chega, vou ali na rua comprar uma briga e volto amanhã, BRASEW.

Chega? Ainda não.

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Notícia de última hora: a Câmara aprovou a suspensão da ação penal no Supremo contra Alexandre Ramagem, que é um dos réus do plano de golpe de Estado. Detalhe: a medida pode acabar beneficiando Bolsonaro. Agora sabemos por que Bolsonaro saiu dizendo que o Parlamento é que tem poder.

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Quem faz a Tixa: Josette Goulart, Marcelo Chello, Juliana Souza e Pedro Vedovato.

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