Caso Gritzbach: Justiça manda soltar um dos 12 réus denunciados pelo MP
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A Justiça converteu para domiciliar a prisão preventiva do empresário Ademir Pereira de Andrade, 51, um dos 12 réus delatados por Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, 38 —assassinado a tiros em 8 de novembro de 2024 no aeroporto internacional de Guarulhos - por envolvimento com o PCC (Primeiro Comando da Capital).
A decisão foi anunciada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) ao conceder um habeas corpus em favor do réu. A defesa do preso alegou que ele enfrenta problemas de saúde e precisa de imediata internação em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em hospital particular.
A juíza Márcia Mayumi Okoda Oshiro, da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital recebeu o comunicado do STJ e determinou a expedição de alvará de soltura em favor de Ademir.
O MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) denunciou os 12 réus pelos crimes de lavagem de dinheiro, tráfico de droga, corrupção e outros crimes. Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado), os acusados atuavam em conluio com o PCC.
Policiais denunciados
Além de Ademir foram denunciados o advogado Ahmed Hassan Saleh, o empresário Robinson Granger Moura, e os delegados da Polícia Civil Fábio Baena Martins e Alberto Matheus Pereira Júnior.
Foram denunciados também os investigadores Eduardo Lopes Monteiro, Marcelo Marques de Souza, o Marcelo Roberto Ruggieri, Valdenir Paulo de Almeida, Valmir Pinheiro, Rogério de Almeida Felício, e a mulher dele, Danielle Bezerra dos Santos.
O delegado Alberto é o único que não foi preso. Os demais agentes estão no Presídio Especial da Polícia Civil. A Corregedoria da corporação solicitou a transferência deles para uma unidade onde vigora o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), um sistema de castigo, mas a Justiça indeferiu o pedido.
Investigações do Gaeco, subordinado ao MP-SP, apontaram que os policiais civis usaram a estrutura do Estado para favorecer o PCC. O MP pediu à Justiça que os acusados paguem R$ 40 milhões pelos "danos causados pelos crimes cometidos".
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