Trump ajeita cenário para um pedido de asilo de Bolsonaro

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Num instante em que o julgamento de Bolsonaro se encontra na fase das "alegações finais", Trump veio à boca do palco para aderir à alegação de perseguição política. Postou na sua rede social que o réu "não é culpado de nada" e sofre uma "caça às bruxas". Quem sabe ler nas entrelinhas percebe que Trump esboçou para Bolsonaro uma rota de fuga.
Em fevereiro de 2024, Bolsonaro mostrou do que é capaz. Assustou-se com a apreensão do seu passaporte pela Polícia Federal. Farejando o risco de uma prisão preventiva, refugiou-se por dois dias na embaixada da Hungria. Se for condenado, como parece provável, pode agora buscar refúgio na embaixada dos Estados Unidos, pedindo asilo diplomático à Casa Branca.
A julgar pelas palavras de Trump, a concessão do asilo é certa. Nessa hipótese, Bolsonaro precisaria da benevolência de Lula para se livrar das grades. O governo brasileiro teria que conceder um salvo-conduto, autorizando-o a deixar o país.
Lula talvez se animasse a castigar Bolsonaro com o suspense de uma longa e constrangedora espera. Mas dificilmente negaria o salvo-conduto. Perdeu os argumentos ao conceder, há três meses, asilo diplomático a Nadine Heredia. Enviou um jato da FAB para resgatar a ex-primeira-dama do Peru, condenada em seu país a 15 anos de cadeia por corrupção.
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