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Moraes vota para condenar a 17 anos de prisão réu acusado de financiar 8/1

Pedro Luís Kurunczi é acusado de financiar ônibus para o 8 de Janeiro Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

27/06/2025 22h37

O ministro do STF Alexandre de Moraes votou hoje para condenar a 17 anos de prisão um dos acusados de financiar os atos golpistas de 8 de Janeiro.

O que aconteceu

O engenheiro Pedro Luís Kurunczi é acusado de pagar pelo transporte de manifestantes a Brasília. Ele é o primeiro réu julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por financiar os atos.

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Moraes votou para condenar o réu por cinco crimes. São eles: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

Kurunczi contratou quatro ônibus. Segundo as investigações, ele pagou R$ 59.200 para transportar 153 pessoas de Londrina, no interior do Paraná, para Brasília. Em seu voto, Moraes afirmou que o réu "financiou e proveu auxílio moral e material a uma turba violenta e antidemocrática que tentou depor, por meio de violência e grave ameaça, o governo legitimamente constituído".

Engenheiro participou de acampamento no tiro de guerra de Londrina após as eleições de 2022. Moraes também citou mensagens de teor golpista enviadas por Kurunczi. Em uma delas, na véspera dos atos golpistas, ele disse que os manifestantes estavam "esperando a hora de invadir Congresso".

Em seu voto, Moraes aponta o réu como "líder organizador do movimento golpista". Além de financiador, ele seria "propagandista ativo da ideologia antidemocrática e coordenador logístico de estrutura permanente de mobilização".

O julgamento começou hoje no plenário virtual. Os ministros terão até agosto, após o recesso do Judiciário, para votar.

Ao se manifestar no processo, a defesa de Kurunczi diz que ele apenas frequentou o protesto no quartel de Londrina. Os advogados afirmam ainda que ele "concordou em fazer uma tomada de preços para fretar quatro ônibus".

O acervo probatório demonstra, portanto, de forma cristalina e irrefutável, a participação central e determinante de Pedro Luís Kurunczi como financiador, organizador e líder dos atos atentatórios à ordem democrática de 8 de janeiro de 2023, constituindo evidências mais do que suficientes para fundamentar sua condenação pelas condutas típicas descritas na peça acusatória. Alexandre de Moraes

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