Família de brasileira morta na Indonésia agradece voluntários: 'Coragem'

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A família da brasileira Juliana Marins, que morreu após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, agradeceu os voluntários pela coragem que tiveram para atuar no resgate da vítima.
O que aconteceu
Corpo de Juliana foi resgatado após 7 horas de trabalho e levado a hospital para passar por necrópsia. Um dos voluntários, chamado Agam Rinjani, disse ao jornal O Globo que ele e outros membros da equipe de resgate ficaram juntos ao corpo de Juliana a noite toda, à beira de um penhasco, até que a operação fosse retomada pela manhã. "Segurei Juliana para que ela não descesse mais 300 metros. É muito triste", acrescentou.
Familiares dela compartilharam uma mensagem que enviaram a Agam e ao também voluntário Tyo. No texto, eles expressaram gratidão pela "generosidade, coragem e apoio" que os voluntários tiveram de se juntar à equipe de resgate.
Família disse saber das condições "extremamente adversas e dos grandes riscos" que os dois enfrentaram. "Foi graças à dedicação e experiência de vocês que a equipe pôde finalmente chegar até Juliana e nos permitir, ao menos, esse momento de despedida."
Embora o desfecho já estivesse além do nosso alcance, levamos no coração a sensação de que, se vocês tivessem conseguido chegar antes [até a Juliana], o destino pudesse ter sido outro.
Família de Juliana
"O gesto de vocês jamais será esquecido. Recebam todo o nosso respeito, admiração e eterna gratidão." A mensagem foi assinada, "com carinho", pela família de Juliana. Por fim, eles também expressaram gratidão a todos que, de alguma forma, contribuíram para viabilizar o processo de resgate.
Relembre o caso

A publicitária Juliana Marins, de 26 anos, tropeçou e escorregou durante a trilha na noite de sexta-feira (20), segundo a família. Ela rolou da montanha e foi parar a cerca de 300 metros abaixo do caminho da trilha, no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok. Com isso, ficou debilitada e não conseguia se movimentar.
Juliana ficou no local por mais de quatro dias. Durante as operações de salvamento, equipes de resgate tentaram se aproximar de onde a brasileira estava, mas não conseguiram chegar até ela. Fatores climáticos também impediram tentativas das equipes de fazer o resgate.
A brasileira foi encontrada morta ontem a 600 metros de profundidade no Monte Rinjani. A informação foi confirmada pela família dela nas redes sociais, pelo Itamaraty e pelo governo local. Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Juliana fazia um mochilão pela Ásia com uma agência de turismo, e decidiu fazer a trilha no entorno da paisagem natural na ilha de Lombok.
Não se sabe a causa da morte da brasileira, nem o dia e horário do óbito. Autoridades indonésias devem fazer a autópsia antes de liberar o corpo para seguir com a família para o Brasil.
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