Queda de balão em SP: piloto e empresário são indiciados por homicídio

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A Polícia Civil de São Paulo indiciou duas pessoas por homicídio culposo pela morte de uma turista na queda de um balão, em Capela do Alto, no interior do estado, na semana passada.
O que aconteceu
Foram indiciados o empresário Miguel Antônio Bruder Levia, dono da Aventurar Balonismo, e o piloto do balão Fábio Salvador Pereira. O caso agora será encaminhado ao Ministério Público que decidirá por apresentar a denúncia à Justiça ou pelo arquivamento. Se o MP estadual denunciar os dois e a Justiça aceitar, eles responderão por homicídio culposo — quando não há intenção de matar.
Miguel Antônio chegou a ser intimado a prestar depoimento, mas ele faltou em duas ocasiões. Fábio foi detido após o acidente e segue preso preventivamente.
Empresa Aventurar Balonismo não tinha autorização para operar voos comerciais. O piloto alegou em depoimento que o acidente foi provocado por uma rajada de ventos inesperada.
O UOL tenta localizar as defesas de Miguel Antônio e Fábio Salvador. O espaço segue aberto para manifestação.
Relembre o caso
O balão saiu de Boituva (SP), mas caiu em Capela do Alto, cidade que fica a cerca de 20 quilômetros de distância. O piloto tentou pousar em áreas inadequadas durante o voo, mas não conseguiu.
Cesto do balão bateu duas vezes no solo durante tentativa de pouso e pessoas foram jogadas para fora. Quatro pessoas foram arremessadas para fora no momento das batidas.
Ao todo, 33 passageiros estavam dentro do transporte, incluindo dois tripulantes. Onze pessoas precisaram ser levadas a hospitais da região. Três delas foram levadas a hospitais de Sorocaba.
A vítima fatal foi Juliana Alves Prado Pereira, 27, natural de Pouso Alegre, no interior de Minas Gerais. Ela era psicóloga e foi até o local para um passeio de dia dos namorados com o marido, com quem tinha casado em setembro de 2024.
Marido de Juliana foi um dos feridos. Ele foi encaminhado a um hospital de Sorocaba e recebeu alta ainda ontem, segundo a TV Tem.
A manhã do domingo (15) não era favorável para voo, segundo a Prefeitura de Boituva. As saídas de todos os voos de balão do município foram canceladas naquele dia por medida de segurança na manhã e tarde do domingo por causa do mau tempo, segundo a Confederação Brasileira de Balonismo.
Segundo a Prefeitura de Boituva, a companhia responsável pelo voo já tinha sido lacrada por irregularidades. No entanto, a empresa voltou a operar com outro CNPJ, de forma irregular, desrespeitando normas de segurança
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