Justiça nega liberdade a marido e sogra de professora envenenada em SP

A Justiça de São Paulo negou a liberdade do médico Luiz Antonio Garnica e da mãe dele, Elizabete Arrabaça, suspeitos de matar a professora de pilates Larissa Rodrigues, envenenada com chumbinho, em Ribeirão Preto (SP), em março.

O que aconteceu

Os dois estão presos desde a última terça-feira. Na quarta, eles já haviam passado por audiência de custódia e tiveram as prisões mantidas pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

Ontem, o juiz relator Luis Augusto de Sampaio Arruda voltou a negar o pedido de habeas corpus. "Não há como saber areal situação processual do Paciente, sendo indispensáveis informações da autoridade judiciária apontada como coatora para o exame da pretensão", afirma o magistrado, na decisão.

Larissa, 37, morreu em março e um exame revelou envenenamento. Ela foi encontrada morta pelo companheiro no apartamento do casal. O laudo toxicológico concluiu a causa da morte como envenenamento após encontrarem a substância popularmente conhecida como ''chumbinho'' no corpo da vítima.

Larissa Rodrigues
Larissa Rodrigues Imagem: Reprodução / Redes Sociais

Veneno teria sido administrado ao longo da semana da morte de Larissa. Em entrevista coletiva ontem, o delegado Fernando Bravo informou que a professora de pilates contou a algumas amigas que estava se sentindo mal, com sintomas como diarreia, toda vez que a sogra a encontrava.

Sogra tentou comprar chumbinho 15 dias antes. A suspeita teria ligado para uma amiga, que é proprietária de uma fazenda, perguntando se ela possuía a substância. Segundo o delegado, ela ainda perguntou onde poderia comprar o produto.

Luiz Antonio tentou se desfazer de provas limpando o apartamento. De acordo com Bravo, o médico encontrou a esposa já com rigidez cadavérica e tentou limpar o apartamento para se livrar de pistas que pudessem ligá-lo ao caso. ''A participação dele ficou bem evidente para nós'', afirmou.

Médico mantinha relação extraconjugal

No dia anterior à morte de Larissa, o suspeito teria ido ao cinema com a amante. Quando a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão no apartamento do casal, os investigadores também encontraram a mulher no local, que passou a ser investigada.

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Motivação do crime, no entanto, continua sendo apurada. Os celulares da vítima, do médico, da sogra e da amante foram apreendidos e estão sendo analisados.

O que dizem as defesas

Defesa de Luiz nega que cliente tenha envolvimento na morte de Larissa. O advogado Julio Mossin disse que ainda não teve acesso aos autos, mas ''adianta que o Luiz não matou a esposa e nem concorreu para tanto''.

Advogado de Elizabete disse que não irá se manifestar no momento. Bruno Corrêa informou que a investigação ocorreu sob sigilo e deve ser liberada hoje para as partes. Por isso, aguarda para comentar sobre o assunto.

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